Nidularium rosulatum Ule

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

A espécie foi descrita originalmente na obra Ber. Deutsch. Bot. Ges. 18: 320. (1900) pelo naturalista Ernst H. Ule, sendo considerada a representante mais robusta do "subcomplexo scherementiewii" (Leme, 2000). Afirma-se que N. bicolor é identificada erroneamente como N. rosulatum (Versieux ; Wendt, 2006). É caracterizada por uma roseta ampla, com folhas ligeiramente rígidas, escapo floral curto, inflorescência não elevada acima da roseta foliar, sépalas largamente oblongo-elípticas a obovadas e pétalas providas de calosidades bem desenvolvidas na base dos lobos petáleos. Pode ser associada a N. fradensis, por partilharem alguns caracteres (Leme, 2000).

Dados populacionais

Formam subpopulações adensadas (Araujo et al., 2009). Afirma-se que as subpopulações de N. rosulatum foram praticamente eliminadas, juntamente com a vegetação de restinga que existia entre os municípios de Cabo Frio de Casimiro de Abreu, onde a espécie ocorre (Leme, 2000).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no Estado do Rio de Janeiro (Leme, 2000; Martinelli et al., 2008; Forzza et al., 2012). Representa um endemismo restrito ao Estado, tendo sido coletada majoritariamente em áreas de restinga arbóreas entre os municípios de Casimiro de Abreu e Saquarema (Leme, 2000). Há registros deste táxon entre o Rio Itabapoana até Barra do Furado; da Barra do Furado até Macaé; e de Ponta de Itacoatiara até Ponta de Santa Cruz, incluindo a restinga de Mauá (Moura et al., 2002). A espécie foi considerada "Rara" (Wanderley et al., 2009). Os registros deste táxon foram feitos próximos ao nível do mar (Leme, 2000).

Ecologia

Planta herbácea (Araujo et al., 2009), terrestre, floresce entre maio e julho (Leme, 2000). Ocorre em restingas arbóreas (associadas a Formação florestal não inundável) e Florestas Ombrófilas Densas de Terras Baixas (Moura et al., 2002) dentro do bioma da Mata Atlântica (Leme, 2000; Martinelli et al., 2008; Martinelli et al., 2009; Forzza et al., 2012).

Ameaças

1.4.2 Human settlement
Incidência local
Severidade high
Detalhes Afirma-se que as subpopulações deste táxon conhecidas entre os municípios de Cabo Frio e Casimiro de Abreu foram praticamente eliminadas nos últimos 20 anos juntamente com a própria vegetação de restinga que recobria esta área. O principal motivo para essa perda foi a acentuada proliferação de empreendimentos imobiliários e loteamentos que hoje dominam o cenário local (Leme, 2000).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II da Instrução Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo considerada portanto, "Deficiente de Dados" (DD). A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) na avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).

4.3 Corridors
Situação: on going
Observações: A espécie foi registrada dentro dos limites do Corredor de Biodiversidade Serra do Mar da Mata Atlântica (Martinelli et al., 2008).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental de Massambaba (Saquarema, Araruama e Arraialdo Cabo) (Araujo et al., 2009).

5.7.1 Captive breeding/Artificial propagation
Situação: needed
Observações: A espécie possui um clone em em cultivo, o que não pode ser considerado suficiente para uma efetiva estratégia de conservação ex situ (Leme, 2000).